Sobre as mãos antigas da minha avó
Havia um pergaminho todo escrito
De tinta azul do rio azul
Que corria embaixo dele
Eu não sabia ler a escrita de
pergaminhos
Depois as mãos da minha mãe
Se pergaminharam também
Mas eu ainda não sabia ler
A escrita de pergaminhos
Um dia o rio azul secou
Sob o pergaminho das mãos
Da mãe e da avó
Aí surgiram pergaminhos
Nas minhas mãos
Escrita de pergaminhos
Se aprende
Leitura não.
MÁRCIA DA SILVA
SOUSA (MA)
Primeiro Lugar
Poema XVI Jornada Médico-Literária SOBRAMES SP
Nenhum comentário:
Postar um comentário