sábado, 15 de fevereiro de 2020

NOVO ANO VELHO

Por: Izabella Cristina Cunha
COLOPROCTOLOGIA

No último dia 
Que é qualquer dia 
De um dia qualquer 

Brotou 
Um dilema 
Ardor e um poema 
Premissas da fé 

Nasceu a esperança 
De um futuro em dança 
Ou bailes ralé 

No último dia
Cá rego agonias
Que transformo em pés

De plantas-tormento
Que ao longo, lamento.
Ou faço sapés

Inundo ou seco
Adubo ou renego
Sem esforço sequer

O último dia 
Dos demais judia 
Se aquém estão

Caracolo feitos 
Esmurro os defeitos
Em prol da estação 

Traz hora arredia 
Contém ousadia 
De jurar em vão 

Ou de ser a rédea 
Dos trotes que em média 
Na vida trarão

O último dia 
Que quer ser a guia 
Que vida requer 

Carrega a alegria, 
Encanto e magia 
Se ornas de axé 

Calejo blasfêmias  
E lanço poemas 
Não como os de ré 

Ciscando à frente 
Emano correntes 
De luz, paz até 

No último dia
Que é qualquer dia
Que é qual quer Dia
Que é o que é

Cá checando os sonhos
Tão só te proponho
A seguir de pé

Os votos que tenhas
Há pedras
Que venha!
Nus, dias quaisquer

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