Corpo desnudo, a alma não,
eu sigo na contramão,
pareço independente,
mas nego a opressão.
Corpo coberto, alma nua...
Quantos rumos toma a mente
submersa na emoção?
Mudam as fases da lua,
vêm as trocas de estação,
e o tempo, indiferente,
deixa uma amarga lição.
É que com certas mentiras
conseguimos conviver,
com certas verdades, não.
Alvoroçado, impaciente,
bate forte o coração.
Eu sinto além do aparente,
percebo a minha essência,
e me assumo insurgente.
Uno a razão à emoção,
duas retas divergentes
reunidas livremente
sob nova direção.
ALITTA GUIMARÃES COSTA REIS (SP)
Segundo Lugar Poema XVI Jornada Médico-Literária SOBRAMES SP
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