Somos todos poetas
Fazer-se a si mesmo em papel
branco
É sim construção poética
Ainda que construída em pranto
Mesmo aqueles que nada escrevem
Ou que pouca graça vêem na palavra
Criam sentido no caos do mundo
E isso só pode ser poesia
Se procurar a palavra singela
Será mais poeta e mais bela a vida
Assim como o verso que trilha
por variadas idas e vindas
Encontrará a felicidade
em poucas palavras
e o sofrimento em longas estrofes
Haverá momentos de pausa
De retorno ao antes escrito
De apagar a palavra posta
De negar o que nunca foi dito
Basta criar e recriar
Mas nunca perder
A vontade quase insana
De viver e de escrever.
PEDRO DURÃES
SERRACARBASSA
Segunda
Menção Honrosa
Prêmio Bernardo de Oliveira Martins 2020
Nenhum comentário:
Postar um comentário