Por: Antonio Soares da Fonseca Junior
CLÍNICA GERAL
I - Quem sou Eu?
Se quem está ao meu lado eu ignoro
Se fechei os meus ouvidos ao seu apelo
Se não sei realmente por quem choro
Se antes não ouvi e também não quero vê-lo
Se a minha mão em sua queda não lhe dei
Em sua doença não doei o meu conforto
Se palavras amigas lhe neguei
Se ao seu barco fechei meu pobre porto
Se todas essas dúvidas me consomem,
Fui espectro de homem. Não fui homem.
Não talhado realmente para isto
Não reconheci um irmão no semelhante
Quem trazia em su’alma e no semblante
A verdadeira face do meu Cristo.
II - De onde Vim?
Eu vim ao mundo nascido do Amor
O plano de Deus: Um homem, uma mulher,
A obra da criação do meu Senhor
Que dispõe de ambos assim como bem quer
Um homem, uma mulher, um útero, uma origem
Por mais humildes que sejam, são seus Pais
A mãe do Grande Deus – uma menina virgem
Era pobre, simples, humilde e muito mais
Casou-se apenas com um pobre carpinteiro
Homem de Fé, bom justo e verdadeiro
E mais uma vez o plano de Deus se expande
Apesar de ser o Criador do Mundo
Usou de um paradoxo bem profundo:
Precisou de dois pequenos pra ser grande
III - Para onde Vou?
Após cumprir minha missão terrena
Após cumprida toda minha sina
O fim da minha vida entre em cena
E a morte fatídica este final assina
O corpo segue sempre para a tumba fria
Quando dele a vida plena se esvai
O Espírito que o anima vai com alegria
Para a mansão dos justos, de volta para o Pai
No Eclesiastes, assim como compete
No capítulo doze e seu versículo sete
Está a grande máxima que já aconteceu:
Acabam-se o sonho tolo e a quimera
E o corpo volta à terra como era
E o Espírito volta a Deus que o deu.
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