quinta-feira, 13 de junho de 2019

BORBOLETAS NO CAFÉ

Por: Evanir da Silva Carvalho
REUMATOLOGIA

Borboletas no café
Fazem-me voar,
A última lágrima destes anos,
De muitos planos, desenganos e solidão.
Aperte a minha mão, e cante aquela música
Não importa o tom; para mim já tá bom.
Nem se importe com o chão
Espalhe as cinzas pela casa
Incinere e nos dê asas
Para curtirmos a imaginação
E o êxtase de sermos amigos
Nesta vida...Doce e amarga canção.

terça-feira, 4 de junho de 2019

A PINTURA E O REENCONTRO

Por: José Hugo de Lins Pessoa
PEDIATRIA

Foram três longos anos. Pelo telefone avisei que chegaria em uma hora. Ela disse: quando chegar pode entrar, a porta da sala estará aberta, estou no escritório escrevendo um relatório. Ao entrar na sala, com uma garrafa de vinho nas mãos, imediatamente percebi o quadro pendurado na parede e parei para visualizar. De repente, ela aproximou-se, tão bela quanto antes, e disse: arte abstrata, é ver e sentir, não é? Respondi sim, a arte é para criar o resgate da emoção particular do observador, transcende as aparências exteriores da realidade, nos sugere ideias e sentimentos. Por definição, entende-se a arte abstrata como aquela que não representa objetos concretos da nossa realidade exterior. O formato tradicional, realismo, é deixado de lado na arte abstrata. Ver a pintura, não é para procurar uma simbologia escondida, resolver um “quebra-cabeça”. Existe liberdade tanto para o artista quanto para o observador. Temos liberdade para apreciar e interpretar a obra sob nossa própria visão. As cores falam e ouvem. Tudo depende de como você ouve e sente cada cor. O jogo das cores e das linhas.  As cores se engendram mutuamente, assimilação e diluição. Predomina o azul, que transmite calma, compreensão, lealdade, mas também tem um tom vermelho que mostra alguma excitação, provocação, sexo e perigo. Um pouco de branco, muito pouco, paz. Essa é a mágica da pintura, não é para descobrir uma “história” que o autor pintou. Cada dia que olharmos esse quadro podemos ter um sentimento diferente. É a vida que percebemos na arte que fala com nossa vida. Se você não encontrou, siga até uma obra que fale com você. Nesse momento, vejo, e até ouço, uma história nesse quadro. Esses traços, essas linhas que mudam de cor e se cruzam, lembram-me de imediato os caminhos da minha vida. Caminhos que andei algumas vezes sorrindo, outras chorando, ganhando e perdendo. Aprecio histórias, e como já contei a mim mesmo a história da minha vida tantas vezes, vejo esse quadro e digo, como no poema de Menotti del Picchia, “eu conheço essa voz / essa voz eu conheço”.  Nos abraçamos, sob os olhos da pintura.

sábado, 1 de junho de 2019

O BANDEIRANTE Nº 319 - JUNHO de 2019

O BANDEIRANTE - edição 319 - Junho de 2019

Editorial: 

Premiações

Esta edição de “O Bandeirante” con-templa as poesias vencedoras do Prêmio Bernardo de Oliveira Martins 2017-2018. Um prêmio significativo devido à alta qualidade dos textos apresentados nas Pizzas Literárias da SOBRAMES SP.
De certo, outros poemas poderiam estar classificados e seriam igualmente agraciados por mérito.
Pensando bem, diferente dos eventos esportivos em que os competidores são adversários, a cada página escrita todos nós nos tornamos vencedores. Vencemos quando superamos bloqueios e expressamos nossos autênticos pensamentos. Vencemos quando um verso transmite uma profunda emoção outrora contida.
Vencemos quando, depois de muitos rabiscos, alcançamos a frase exata que a prosa solicita. Vencemos quando dedicamos nosso escasso tempo para simplesmente compartilhar.
Mesmo quem diz “não ligar para prêmio”, sente-se envaidecido ao receber uma honraria que pode até vir além das formas tradicionais de medalha, troféu ou certificados. Por vezes, um elogio sincero já preenche a necessidade humana de recompensa.
Aplausos efusivos? Sim, são sempre bem-vindos! Eu, particularmente, considero que, no fundo, a maior premiação para um escritor é perceber que seu texto desperta um brilho no olhar de quem o lê.
E o que hoje me alegra é que, ao se aproximar a Jornada SOBRAMES, os textos inscritos prenunciam sessões literárias “brilhantes”.
Textos com temas e estilos diversos, sensíveis e reflexivos... Vencedores... Com certeza... Todos... Vencedores...  Afinal, o próprio dom de escrever já é um grande prêmio, não é mesmo?

Márcia Etelli Coelho
Presidente da Sobrames-SP

Leia a edição completa clicando no link a seguir:
O BANDEIRANTE - JUNHO 2019

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