Um colar azul-turquesa
feito mar que desconheço.
Corais cor de laranja
a enfeitar pulso e cabelos.
Túnica verde-esmeralda
vestindo mata distante...
E um anel bem lapidado
fingindo ser diamante
Deitada na minha rede,
abandonada ao que sou...
Ardente alma talhada
para os mil planos do amor.
Sentindo na madrugada
os beijos no meu pescoço,
sou espasmo na empreitada
do balde que afunda no poço.
Na proa dessa canoa
que encontra meu rio-mar,
sou apenas lua nua
te oferecendo o luar.
E antes que algum eclipse
nos afete a lunação,
adentrarei a floresta
e tu voltarás ao sertão...
***
Nenhum comentário:
Postar um comentário