Por: Flerts Nebó
REUMATOLOGIA
in memoriam
1920 - 2017
Quando a Lua surgiu, por trás da serra, toda a natureza noturna se alegrou. Era mais uma nova noite e os pirilampos, com seu intermitente iluminar, nos faziam lembrar dos bons tempos onde a luz da iluminação noturna das cidades eram fracas ou inexistentes e desse modo podíamos admirar o faiscar das estrelas longínquas.
Era o Cruzeiro do Sul, as Três Marias ou a Vespertina, que com seus albedos, nos deixava extasiados ao mirá-las.
As estrelas cadentes, que riscavam o céu num rápido passar e com eles iam nossos pedidos a Deus.
O medo que tínhamos de apontar com nosso indicador alguma estrela, pois poderia nascer uma verruga na ponta do mesmo, fazia com que procurássemos indicar a “estrela” que sempre acompanhava a Lua, com a ponta de nosso queixo, procurando dizer qual era a que deveríamos ver, naquelas noites de luar. Oh!, que saudades...
Diziam que aquela estrelinha vermelha não era uma estrela... (que mentira...), mas que era um planeta, onde morava o deus da guerra. Seu brilho, embora não piscasse como as outras, era permanente e para mim era uma estrela colorida no fundo de um céu gostoso de se admirar.
A Lua ia declinando e pouco a pouco desaparecia aos primeiros alvores do despontar de um novo dia que amanhecia. Fora mais uma noite de luar... que beleza!
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