Por: Walter Whitton Harris
ORTOPEDIA
Há mais de três séculos, uma cidade foi assolada por
uma catástrofe sem precedentes, que culminou em uma bênção para a Nação...
Fatídica noite de setembro
Mil seiscentos e sessenta e seis,
Do negrume surgem as primeiras labaredas,
em pontos diversos da metrópole de reis.
Londres fedorenta e malcheirosa,
Casas de madeira de sacadas estreitas
Imundície absurda por toda parte,
Infestação de ratos, as ruelas mal feitas.
Avançam pela cidade as chamas
Lambendo, lambiscando, ruindo
Tornando-se grande a conflagração
Tudo pelo seu caminho, destruindo.
Presença funesta nas casas e porões
Londres é partidária do mal,
Transmissores da peste negra
Doença de grande sacrifício mortal.
Calor intenso, poucas vítimas fatais,
Quatro, de fato, em duzentos mil.
Incontáveis ratos mortos no fogo
E afogados no Tâmisa; é a morte do vil!
Igrejas, prédios do governo,
Treze mil casas tombadas,
Inclusive a Catedral de São Paulo,
E renasce nova Londres daquelas queimadas.
Na reconstrução de Londres, levou-se em conta o que fora a cidade anteriormente
e procurou-se aprimorá-la. Esta é a Londres que se conhece hoje...
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